Ainda Alice

 

No meio de tudo o que aconteceu no final de semana, Julianne Moore me contou ao pé do ouvido, uma história comovente sobre uma mulher incrível, inteligente, realizada e bem amada. Que descobre que perderá tudo o que lutou para conquistar… perderá, um pouco a cada dia, a si mesma.

Alice é a heroína, e Alzheimer é o grande vilão da história, que ganha contornos especiais quando Alice usa as palavras de Elizabeth Bishop para traduzir como se sente.

Não é a primeira vez que trago este poema, mas é sem dúvida uma das interpretações mais emocionantes que já ouvi.

Elizabeth Bishop – The art of losing.

 

 

Antídoto

Sou daquelas pessoas que se encanta com a tristeza… Não sei porque, só gosto. Em teoria gosto.

As músicas tristes… gosto. Os poemas tristes… me rasgo. Gosto e pronto. Dois exemplos que me levam à comoção por causa da qualidade estética, mas que são indiscutivelmente tristes:

Adriana Calcanhoto: Mentiras.

Elizabeth Bishop One Art

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Para os mais talentosos, acredito (muito!) que produzir beleza é um antídoto para a tristeza.

Para a maioria de nós… O antídoto é fazer o que se gosta… Diariamente.