No inicio deste ano, me comprometi publicamente com a realização de um sonho. Não um sonho qualquer, se é que isto existe, mas um sonho que me leva de encontro às minhas raízes, aos meus maiores medos e meus melhores potenciais.
Como fazer um quilt pode ser tantas coisas assim ao mesmo tempo?
Pois é… tudo isso tem muito a ver com a minha referência máxima na vida: minha mãe. Demorei muito tempo para perceber/reconhecer a importancia dela para mim, e o quanto me influenciou e influencia. Se no passado a descrevi como alguém distante, incompreensiva e excesivamente dura, hoje a descrevo como sensível, amorosa, extremamente talentosa… Mudou ela ou mudei eu? Mudamos ambas.
Mas de volta ao tal quilt, eu quero muito fazê-lo, e estou dando vários pequenos passos para me aperfeiçoar e aprender técnicas que me permitam fazer um quilt de verdade: melhorar a costura em linha reta para juntar os blocos, melhorar a margem de costura para conseguir que as peças fiquem alinhadas… Por enquanto não consigo… fica tudo um pouco torto. Mas estou decidia a superar o meu medo de errar e o meu perfeccionismo paralisante.
Quero aceitar o que de imperfeito há em mim, parar de estudar e tentar e de fato fazer algo igualmente imperfeito mas concreto. Quando soube que estava grávida fiz de tudo para aprender alguma técnica artesanal, tomei aulas (Santa Cibele!), aprendi a bordar e fiz um lindo bordado. Dai travei. Fiz mil planos… nada parecia bom.
Mas isso foi no passado, agora, em busca do meu sonho guru, a estória é outra: usei o bordado em um cobertor bem simples, lindo e … imperfeito.